“Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor.”
– João 15:1

“Eu sou a videira, e vocês, os ramos. Se alguém permanecer em mim, e eu permanecer nele, esse dará muito fruto”
– João 15:5

“Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi e designei para que vão e deem fruto, um fruto que permaneça, a fim de que o Pai dê a vocês o que pedirem em meu nome.”
– João 15:16

Eu creio que Deus tem para nós um ano de frutos abundantes. Mas, para ter essa abundância de frutificação, vamos precisar de coragem and perseverança. São as duas palavras que Deus tem falado de forma marcante ao meu coração, desde que comecei a buscar o entendimento do que poderíamos esperar para o novo ano. 

Coragem and perseverança são elementos fundamentais para o exercício pleno da fé com base na graça. 

E pensando no que pregamos, no que o evangelho representa, entendemos pela Palavra que, assim como Deus é uma trindade, (Pai, Filho e Espírito Santo), vemos que o homem também é uma trindade (Espírito, Alma e Corpo). Mas a Palavra também tem três fundamentos, como um triângulo, onde o Amor é a base e as laterais Graça e Fé. 

Na verdade, na Palavra de Deus, Amor, Graça e Fé, não são coisas que estão entre as mais importantes. Nós poderíamos fazer uma lista dos 10 princípios, doutrinas ou valores mais importantes que a Bíblia nos mostra e poderíamos imaginar que o Amor, a Graça e a Fé talvez estejam em 1º lugar, ou em 2º e 3º. Mas, não, essas não são as coisas mais importantes. Elas são as únicas coisas que importam de fato. Todo o resto é consequência. 

Imagine agora uma árvore com 3 raízes. Todo fruto que essa árvore produz é gerado por aquilo que é absorvido por essas 3 raízes. Então, quando falamos do Evangelho, da Palavra de Deus, santificação, obediência, humildade, etc., nada disso é raiz, tudo isso é fruto. 

Eu não tenho que ficar ensinando a uma árvore como produzir frutos. Ninguém que tenha bom senso vai tentar ensinar uma laranjeira a produzir laranjas. A árvore, seja ela uma laranjeira, uma macieira, ou qualquer outra árvore frutífera, naturalmente produz o seu fruto, e isso não depende de alguém ter ensinado a ela ou não como produzir o fruto. Ela naturalmente produz o seu fruto porque recebe seiva pelas suas raízes. Agora lembre-se que Jesus é a árvore, a videira verdadeira, e nós somos os ramos.

Por outro lado, a religiosidade é uma outra árvore. Ela se parece muito com a árvore original, mas é uma outra árvore, de outra espécie. A religiosidade é uma árvore não frutífera, onde artefatos são pendurados, como em uma árvore de Natal. Uma árvore de Natal, em geral, é muito mais atraente do que uma árvore de verdade. Ela tem luzes e bolas coloridas, bonecos, estrelas, então ela se torna muito mais atraente, fazendo com que as pessoas parem para ficar olhando, contemplando a árvore. O problema é que por ser artificial, ela não produz frutos. Por isso ela pode ser admirada, apreciada, mas não pode alimentar ninguém. 

Uma árvore frutífera natural, pode até não ser tão bela, pode até não despertar em ninguém aquela vontade de parar e contemplar, mas com certeza daquele fruto daquela árvore frutífera natural e verdadeira, eu vou poder me alimentar. E Jesus é a árvore da Vida, na qual estamos enxertados. Nós não estamos meramente pendurados, como se fôssemos enfeites de uma árvore de Natal. Não! Estamos enxertados para, como ele mesmo diz, produzir muito fruto. 

Então o convite para os membros da Nova, para as pessoas que estiverem conosco durante o ano de 2024 é: vamos produzir frutos em abundância. E queremos que cada um dos membros dessa família maravilhosa entenda sobre esses frutos no aspecto amplo, porque prosperidade é fruto, santificação é fruto, cura é fruto, uma vida pautada na ética do evangelho é fruto, ou seja, são resultados. Então nós precisamos ensinar muito nesse ano sobre Amor, Graça e Fé, levar as pessoas ao entendimento de que isso é o evangelho. É esse o triângulo ou a tríade que forma uma base sólida e que desencadeia a frutificação de tudo aquilo que está prometido na Palavra de Deus, em especial na Nova Aliança. 

Então, é preciso lembrar às pessoas que estamos vivendo hoje um período muito peculiar da história, um período de transição, de mudanças profundas no rumo das nações. É um período que vem se desenvolvendo. Poderíamos puxar lá atrás e ter como um ponto de referência a revolução Francesa, que gerou o início do fim dos grandes impérios e reinos, trazendo uma substituição por outros tipos de sistemas, como repúblicas e democracias, novas formas de governo, como o parlamentarismo, o presidencialismo, enfim, coisas que não existiam até então. Depois das duas grandes guerras mundiais, o mapa do mundo se modificou, vários países que não existiam até então passaram a existir, a geopolítica foi alterada e tudo isso faz parte dessa evolução, dessa transição histórica, dessa mudança que tem se desenrolado no mundo. 

Nos anos 60, temos um grande marco que foi uma revolução cultural que afetou todas as áreas da vida em todo o mundo: na sociedade, na música, na política, na área sexual, cultural, que tem tido efeitos até o dia de hoje. Era o “Flower Power”. Era o grito dos jovens dizendo “Faça amor, não faça a guerra”. Eram as mãos estendidas ao alto fazendo o “V” da vitória, transformado num símbolo da superação do amor e da paz, suplantando o ódio, o racismo, e toda forma de preconceito. Mas essa revolução cultural, foi evoluindo, se modificando e coisas que lá no início eram de um jeito, hoje são de outro. O feminismo, por exemplo, uma parte muito forte daquela revolução, era de um jeito nos anos 60, hoje é de outro completamente diferente.  

Hoje nós estamos vivendo uma revolução numa questão de visão de mundo. Tudo agora é relativo. O mundo está em uma crise moral, financeira, ética, relacional, mas em especial o mundo hoje está em uma crise espiritual, e os frutos, ou seja, as consequências dessa confusão mental, emocional e espiritual estão começando a aparecer nas gerações mais jovens, que estão cada vez mais confusas. 

Nós precisamos aproveitar o ano de 2024 para enfatizarmos para a igreja, que esse ano será um ano de produção de frutos abundantes na vida daqueles que tiverem Fé, na vida daqueles que permanecerem firmes na Fé com base na coragem e na perseverança. Nós vamos andar na contramão daquilo que nós vemos no mundo (como na verdade o cristianismo genuíno sempre andou), se permanecermos firmes com coragem and perseverança, exercitando a nossa Fé em todas as áreas da nossa vida: financeira, emocional, familiar (os maridos ministrando na vida das suas esposas, esposas ministrando na vida dos seus maridos, o casal ministrando na vida dos filhos – isso é importantíssimo/essencial). 

Em 2024 nós precisamos encorajar de modo muito enfático para que as pessoas participem de Grupos de Conexão (os nossos GCs). E o grupo de conexão mais básico que pode haver é a família reunida, aquilo que no passado era chamado de “culto doméstico”. Porém o que preconizamos não é um “culto em casa” (o pai canta um louvor, a mãe canta outro, o pai prega e os filhos ouvem…), não é isso. O que preconizamos é um Grupo de Conexão, onde o pai ministra para os filhos, a mãe ministra para a família, de repente um dos filhos ministra para os irmãos e para os pais, onde há oração, louvor, comunhão, aproximação, abertura de corações, perdão, restauração, aprendizado de princípios e valores bíblicos, etc. É muito bom, e até mesmo necessário, darmos essa alternativa de modelo de Grupo de Conexão. Muita gente não se envolveu ainda nos Grupos de Conexão que temos nossas igrejas, porque, de repente, tem dificuldade ou em receber pessoas, ou porque sua casa tem pouco espaço físico, ou porque não se sente confortável, ou tem dificuldades para ir à casa de alguém onde esteja acontecendo Grupo de Conexão, mas essa pessoa pode fazer da sua família o seu Grupo de Conexão, para que haja uma exposição maior da família à Palavra. É uma oportunidade para os pais ministrarem aos filhos para que eles saiam dessa confusão mental, emocional e espiritual que está sendo implementada no mundo, nas escolas, nas faculdades, para que os filhos abram seu coração para falar de suas dificuldades e angústias, e para isso vamos precisar de coragem e Fé. 

Esse será um ano de frutos abundantes, mas vamos precisar de coragem para não nos deixarmos abalar pelas notícias, pelo que ouvimos, pelo que vemos ao nosso redor, e até mesmo aquilo que acontece em outras igrejas. O legalismo vai se multiplicando e os legalistas estão intensificando o seu ataque contra a Graça. Estamos vendo isso não apenas nos púlpitos, mas na internet, no YouTube, no Instagram e em todos os lugares. Mas a Graça crescerá com base no Amor, na Fé, na coragem, na perseverança. Sim, inevitavelmente a Graça crescerá cada vez mais! 

Os escândalos cada vez mais se tornarão notícia, mas a verdade sempre prevalecerá. Então vai ser necessário muita coragem, muita perseverança, muita inteligência espiritual por parte das pessoas, para não serem enganadas pelas doutrinas legalistas, para não serem iludidas e enfeitiçadas pelos pregadores legalistas. Vai ser necessário muita perseverança, muita coragem para exercitar essa Fé. Mas aqueles que perseverarem até o fim, esses vão receber a recompensa, a vitória, e vão experimentar frutos abundantes! E não vai ser necessário esperar até o final do ano para frutificar abundantemente. Desde agora, início de 2024, já vamos começar a ter testemunhos de frutificação abundante. 

Vamos ser agressivos em estimular o nosso povo a Crer, a ter Fé, a se agarrar à Palavra, às promessas que agora são nossa herança! Confessar, declarar, colocar nosso pé firme na rocha, crer em Jesus de forma radical, crendo que Ele é o autor e consumador da nossa Fé, crendo que ele vai honrar a nossa Fé, pois ela está baseada na Palavra. Essa Fé é muito mais do que simplesmente um pensamento positivo, mas é a Palavra de Deus sendo provada e experimentada a cada dia na vida daquele que crê. Lembre-se: “O justo viverá pela fé”.

Tudo isso será uma base para vermos testemunhos acontecendo nas nossas igrejas, e terá um peso evangelístico para aqueles que ainda não conhecem a Graça e o Amor genuínos do nosso Deus, e a Fé que nos dá acesso a toda a herança conquistada para nós por Jesus em seu trabalho completo e suficiente da Cruz do Calvário! 

Então vamos pra frente, porque vai ser benção!

Não tenhamos a ilusão de que não haverá lutas e batalhas, mas, venceremos todas elas porque Deus é por nós! 

Amém!

Pastors Mauricio and Denise Fragale